sexta-feira, 8 de junho de 2012

Discurso do Urso


Discurso do Urso
Edição/reimpressão: 2008
Páginas: 26
Editor: Kalandraka Portugal
ISBN: 9789728781811
Coleção: Livros para Sonhar
Faixa etária: a partir dos 5 anos
Idioma: Português

1 exemplar (Biblioteca Araucária)

Sinopse

No Verão, à noite, nado no depósito picotado de estrelas. Lavo a cara com uma mão, depois com a outra, depois com as duas juntas, e isso dá-me uma enorme alegria.
Julio Cortázar


Um urso que habita as tubagens de um efício vai descobrindo a estranha e solitária vida dos seres humanos. vida dos seres humanos. Trata-se de uma estória espantosa, fiel expoente da literatura de Julio Cortázar, que incluiu este conto no seu livro Historias de cronopios y de famas, considerado pelo autor argentino Alberto Cousté "uma espécie de ética, disfarçada pelo humor e protegida da solenidade pela ternura".

Cortázar reúne nesta obra uma sucessão de situações descabidas, retalhos do seu humor surrealista que deitam por terra o racionalismo trivial e mecanizado, com que expressa a sua rebeldia contra os objectos e pessoas que constituem a nossa vida quotidiana e a nossa maneira mecânica de nos relacionarmos com ela.

A palavra "cronópio" surgiu pela primeira vez em 1952, por ocasião da crónica sobre um concerto a que Cortázar assistiu em Paris em homenagem a Igor Stranvinsky. Enquanto o público saía no entreacto, o escritor permaneceu no teatro, onde sentiu a sensação de que "havia no ar personagens inexplicáveis, uma espécie de balões verdes, muito cómicos, muito divertidos e muito amigos, que andavam por aí a circular".

Deu-lhes esse nome e disse acerca dos cronópios que "são um pouco a conduta do poeta, do associal, do homem que vive um pouco à margem das coisas", por contraposição ao conceito de "famas", que atribuiu a "grandes gerentes de bancos, presidentes da República, pessoas sérias que defendem a ordem".


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